Entre as palavras que pairam no espírito, aqui, a vida neste instante.
Procurei montanhas e encontrei-as. Algumas subi e em algumas havia ar fresco, noutras chuvas torrenciais. Nessas idas e vindas tive silêncios que foram cruéis e castigaram. Nessas mesmas idas e vindas tive também sorrisos que alegraram. O tempo guardou alguns momentos e derreteu outros.
Quem pediu a verdade, perguntei. Fui eu, ouvi dentro de mim...
Porque anseio sempre, como se fosse um ritual, para que não haja fim, esse em que se teme a forma que possa adquirir.
Dormente, fechei os olhos. Ouvi o som de quem respira; inspira, aflitamente; insistentemente, depois de se suster a respiração durante alguns segundos.
Deixei que o sabor das palavras me invadisse, pela força da minha persistência. Mas tudo era descoberta nessas palavras…
Por mim, tive de regressar. E talvez pela primeira vez regressei por completa.
Conclui que o espelho nunca precisou de uma luz vizinha, porque essa está dentro de mim. Essa que me permite ver nesse espelho que procuro e não a luz que pensava procurar.
Sim, sempre soube que a diferença entre mim e o meu reflexo é equivalente ao que digo e faço. E possivelmente eu nunca venha a ser diferente. Sou eu.
Saturday, July 28, 2007
Status quo
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1 comment:
"Nas utopias que até hoje se imaginaram faltou sempre imaginar o que aconteceria depois. Que se imagine uma vida em que se realizasse tudo o que se desejasse. Alguma coisa faltaria ainda em tudo em que já não faltava, e não saberiamos o quê. É isso que não sabes que é fundamental." Virgilio Ferreira
tens que postar sobre este assunto!
beijinho
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