Friday, December 28, 2007

Uma vez, vários momentos, alguns rostos, muitos minutos. Uma sensação de acordarmos meios atordoados e, de repente, sem sabermos porquê, lembramo-nos de um sonho enquanto bebemos café. Primeiro uma imagem, depois um excerto e por fim todo o sonho. De três anos, neste azul, perduraram as palavras e as reticencias. Palavras vestidas de doces vermelhos e de um ciano indecifrável e singular.
Não por imposição, nunca fui de me explicar mas apenas de sentir. Deixei que os “talvez”, as reticencias, que as ideias não exprimidas completamente, tomassem conta de mim. E assim foi, no meio de dessas reticencias e de palavras menos explicáveis, que ficaram cravadas as vontades e angústias. Tive respostas ausentes. Procurei as essências. Obtive tudo o que fora essencial para agora poder prosseguir.

Cada palavra tem o seu valor.

Monday, December 24, 2007

Indefinitu

Aqui - Uma palavra anónima para um local anónimo.
Estou longe de tudo o que se possa julgar perto. Invisível ao tempo que decorre e sempre, sempre nesta extensão indefinida.

Thursday, December 20, 2007




ENDed



One of the mornings
you will look for me
And I´ll be gone.

Tuesday, December 18, 2007

Coisa desconhecida

No Tempo, cru e insano, garanto
Vinte e sete perder-se-ão,
Absorvidos no conceito.
Omitirei o fundamento.
Se fosse trasanteontem causa primordial,
Tê-lo-ia sussurrado ao vento...

Monday, December 17, 2007

Na semelhança de uma profundeza, de um fundo de onde não se vê o fim, ou onde apenas se quer sentir e imaginar, por tão grande vontade.
Talvez seja assim, com decorações cénicas que vou evitando o mais e me vou tapando.
É uma sede, a necessidade de beber. É como se de uma impaciência se tratasse. Como se fosse uma história escrita mas não representada.
Vivo dessas histórias incompletas e não me lembro que as horas podem ser como o barro.
Talvez me lembre quando aqui me deito, de mãos frias pela ausência do calor. Desprovida, por imposição quase própria, julgo, de coisas tão mais: essenciais; absolutas; peculiares.

Sunday, December 16, 2007

Tudo, o que existe, não existe.

As palavras estão a esgotar-se.
Percorro por tantas folhas, por tantas vírgulas, por algumas cores. Quando o mais certo seria deixar este caderno de lado. Espero que alguém tenha ficado com o melhor das palavras, apenas o melhor.
Já inventei. Acreditei. Agora ouço outros que me são alheios ou que estão apenas longe.
Existe sempre o fim, o fim de tudo. Existe o principio do fim. Não sei se estarei a começa-lo...
As minhas palavras exaurem-se e são já repercutidas... E não devo manter-me assim. Penso que não.
Entre o querer e o precisar fico-me no cinzento, entretanto. Enquanto vou fazendo trejeitos e pausas, maiores ou menores, até a vontade esmorecer.

Wednesday, December 12, 2007

Post scriptum: Deeply, in high grade

Today, Tomorrow, but not always...

Saturday, December 08, 2007





Simplificar



Thursday, December 06, 2007

Faz de conta

Entre pensamentos quiméricos, faz de conta que não sou de cogitar. Faz de conta que tenho o sentido de presciência. Em que me deixa afirmar que Tudo o que se aproxima é uma surpresa extraordinariamente benéfica.

Não obstante, tenho de fazer os dias valerem, sem acudir. Tenho de ser eu e tenho de estar aqui. E, então, só depois depois me poder absentar.

Sem Tempo, eles não sabem. Os acontecimentos estão delimitados...

Wednesday, December 05, 2007






Só existe uma verdade e não várias.
E na verdade, morreremos quando
quisermos ficar.


Monday, December 03, 2007

"Coisas e lousas"

A percepção do sabor foi de Umami.Também todos os outros gostos estiveram presentes. E tantas, tantas coisas - o que existe ou pode existir - estiveram. Algumas nem as adivinhei, já outras estavam à superfície...

Sputnik

"O gelo é frio e as rosas são vermelhas ... A corrente é demasiado forte, não tenho escolha possível. Mas já não posso voltar atrás. Só posso deixar-me ir com a maré. Mesmo que comece a arder, mesmo que desapareça para sempre."

 
Nunca deixamos de sentir aquilo que não dizemos.