Ao som do bater que se arrasta nas teclas de cor preta, já gastas pelos dedos agora cansados, de uma melodia em que o ouvido já conhece de salteado e desabafos sobre o respectivo trabalho.
As minhas "maravilhosas" horas extraordinárias!
Deveria intitular assim estas palavras... (ironia, ironia)
Pergunto: Em que nos baseamos quando salientamos críticas, sendo elas construtivas ou destrutivas, das pessoas que nos rodeiam?
Estarei a dar uma de moralista?... Certamente estarei!
As palavras ditas não param de soar na minha pequena cabeça e caem que nem pedras no estômago, mas a verdade é que não defendi o que me custava a ouvir...
Caí no silêncio, absorvi as palavras e permanecei ali calada. Simplesmente calada, a olhar as horas para me vir embora...
Parei para pensar nisto. Não é a primeira vez em que não defendo algo que sei que não é verdade.
Mas porquê? Porque me falta a argumentação? Não!
Porque sei que tudo o que eu pudesse dizer, à priori, não iria causar, no oposto, uma razão para uma troca de ideias, mesmo que completamente diferentes...e dissipar aquele monólogo absurdo.
Pensei então: Fazê-lo seria um desperdício de forças e tempo...
Será que este silêncio me fez dar a entender que concordava com a crítica em causa???